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segunda-feira, 8 de abril de 2013

Tecnologia japonesa lê sonhos em tempo real


Análise da actividade cerebral foi através de imagens de ressonância magnética
Análise da actividade cerebral foi através de imagens de ressonância magnética
Uma equipa de cientistas japonese diz ter descoberto uma forma de descodificar os sonhos analisando a actividade cerebral de um grupo de voluntários através de imagens de ressonância magnética. Segundo o estudo publicado ontem na revista «Science», foram bem-sucedidos em cerca de 60 por cento dos casos.

Esta é a primeira vez, de acordo com os investigadores, que se consegue ler, a nível mundial, o que as pessoas vêem enquanto dormem. Os especialistas dos ATR Computational Neuroscience Laboratories, em Quioto, identificaram a parte do cérebro activada durante os primeiros minutos do sono e, de seguida, acordaram os voluntários para saber o que tinham sonhado. O processo foi repetido 200 vezes.
Mediante as respostas, a equipa comparou os mapas cerebrais produzidos pela ressonância magnética. Os investigadores seleccionaram palavras-chave relacionadas a objectos ou cenas visuais e inseriram-nas numa base de dados organizada em grupos lexicais – as palavras "casa", "hotel" e"prédio", por exemplo, foram agrupadas.

Segundo o artigo publicado, as tentativas seguintes de prever o que os participantes tinham visto durante os sonhos registaram uma taxa de sucesso de 60 por cento, que subiu para os 70 por cento quando se tratava de itens específicos.

O estudo centrou-se na fase transitória entre estar acordado e adormecer, para que fosse possível realizar um número maior de observações, acordando os participantes com frequência para que pudessem relatar o que viam durante o sono.

O próximo passo destes cientistas é em 'prever' outras experiências vivenciadas durante os sonhos, nomeadamente cheiros, cores e emoções, além das histórias completas sonhadas pelos indivíduos.

Esta investigação insere-se num programa de estudos sobre o cérebro que está a ser financiado pelo governo japonês. A equipa acredita que a tecnologia poderá vir a ajudar pessoas a moverem membros artificiais com o seu próprio cérebro e surgir como uma possível solução para a demência ou outras doenças cerebrais.

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