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sexta-feira, 14 de junho de 2013

Governo vai apurar possíveis excessos da polícia, diz Alckmin

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Governo vai apurar possíveis excessos da polícia, diz Alckmin

De acordo com o governador de São Paulo, Corregedoria da PM vai investigar episódios de violência contra manifestantes durante o protesto desta quinta-feira (13) contra reajuste das tarifas do transporte público

REDAÇÃO ÉPOCA, COM ESTADÃO CONTEÚDO, AGÊNCIA BRASIL E AGÊNCIA EFE
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O governador de São PauloGeraldo Alckmin (PSDB) afirmou nesta sexta-feira (14) que a Corregedoria da Polícia Militar vai apurar os episódios de violência ocorridos durante confronto entre a polícia e manifestantes que protestaram na noite desta quinta-feira (13) contra o reajuste da tarifa do transporte público.
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Policiais se posicionam próximo a uma barricada de fogo  (Foto: AP Photo/Nelson Antoine)
A manifestação reuniu 5 mil pessoas segundo a Polícia Militar (PM), foi o quarto desde o dia 6. Em todas as manifestações houve confronto com a polícia e depredações por parte dos manifestantes. A força tática usou bombas de gás e balas de borracha. De acordo com a Polícia Civil, 232 pessoas foram detidas e, deste total, quatro permanecem presas em um Centro de Detenção Provisória. 
Alckmin afirmou que é dever da polícia proteger o direito da população de ir e vir, a preservação do patrimônio público e do patrimônio privado. "Nós precisamos garantir ao trabalhador, à trabalhadora, à família, tranquilidade. Esse é o dever da polícia. Nós não temos compromisso com o erro de nenhum lado", disse em entrevista no Palácio dos Bandeirantes. 
Apesar de a Polícia Militar (PM) afirmar que se limitou a usar armas não letais, como gás lacrimogêneo e balas de borracha, muitas imagens registradas pela imprensa mostram ataques violentos por parte da polícia. Diversos vídeos que mostram a tensão do conflito entre policiais e manifestantes circulam pela internet e redes sociais. 
De acordo com o governador, o movimento que ocorre no Brasil, em vários estados, até mesmo em cidades que nem tiveram aumento, tem caráter político. "Manifestação é legítima e a polícia acompanha, mas verificamos atos de violência e destruição do patrimônio público."  
Segundo o secretário de Segurança do Estado de São Paulo, Fernando Grella, a polícia cumpriu o papel de acompanhar e garantir condições para que o ato acontecesse. “Esse é o trabalho inicial. O paralelo é evitar e reprimir atos que atentem com a ordem pública”, disse.
O secretário disse que não houve orientação para que a polícia agisse com violência e afirmou que a situação era complexa. Segundo ele, todas as situações abusivas por parte da PM serão investigadas e, se for o caso, punidas. Ele justificou a ação da polícia devido à mudança de roteiro pré-estabelecido entre a organização e a Polícia Militar.
“Havia um compromisso de que o movimento permaneceria em um local, mas eles resolveram se deslocar para outro. Isso gerou o desentendimento. O entendimento foi tentado. A Polícia nunca vai se furtar de fazer acordos. Não podemos dizer que houve erro de estratégia. A operação era necessária, complexa, de risco, mas não há base para dizer que houve erro”.
O comandante da PM da área centro, Reinaldo Simões Rossi, afirmou que a liderança do movimento descumpriu os acordos feitos e a mudança de planos obrigou os policiais a pedirem que os líderes realinhassem a posição da manifestação. “Por isso, os manifestantes começaram a jogar objetos contra os policiais e aí começou a ação da tropa de choque”. 
Durante a onda de manifestações contra o aumento das passagens, o governo registrou a depradação de estações do metrô, agências bancárias, prédios públicos e privados, além de cerca de 100 ônibus. 
Para o prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), nas três primeiras manifestações registradas nesta semana, em que os conflitos não foram tão violentos como o registrado ontem, a "polícia aparentemente cumpriu os protocolos para tratar deste tipo de caso", mas, com relação a última manifestação, "esses protocolos não foram seguidos". "A (imagem) da polícia não ficou bem. Porém, não se trata de algo vindo da corporação, mas de indivíduos isolados, cuja conduta terá que ser investigada", afirmou.  Segundo ele, a imagem que ficou dos protestos anteriores foi a da violência dos manifestantes, algo diferente da última manifestação, "marcada pela violência policial."
Diante destas declarações, a ONG Movimento Passe Livre (MPL), que defende o transporte público gratuito e liderou as manifestações da última semana em várias cidades do país, programou uma nova mobilização em São Paulo para a próxima segunda-feira (14).

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