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sexta-feira, 21 de junho de 2013

POLICIA: pede prisão de motorista que atropelou manifestante

Polícia pede prisão preventiva de empresário que atropelou manifestante

Diário de GuarapuavaFolhaPress
    


Por Venceslau Borlina Filho RIBEIRÃO PRETO, SP, 21 de junho (Folhapress) - A Polícia Civil de Ribeirão Preto (313 km de São Paulo) pediu a prisão preventiva do empresário Alexsandro Ishisato de Azevedo, 37, hoje à Justiça.
Ele é apontado como o responsável por atropelar quatro pessoas, entre elas o estudante Marcos Delefrate, 18, que morreu.
O fato ocorreu na noite de ontem durante o protesto organizado na cidade para redução do preço da passagem do transporte coletivo.
Segundo o delegado Carlos Henrique Araújo da Silva, o empresário deve ser indiciado por homicídio doloso eventual (sem planejar), lesão corporal dolosa (simples e grave) e omissão de socorro.
Somente pelo homicídio, Azevedo pode ser condenado a até 20 anos de prisão. Pelos outros crimes, ele pode ser condenado a cerca de cinco anos.
A omissão de socorro, segundo o delegado, entra como agravante dos crimes.
De acordo com a polícia, o empresário é considerado foragido. Segundo o delegado, familiares do empresário afirmaram à polícia que ele teria fugido em um ônibus.
Silva afirmou que o fato "manchou" a manifestação, que ocorria de forma pacífica.
"Era uma festa democrática e a intolerância de uma pessoa, com uma atitude que não dá nem pra justificar, acabou com tudo. Ele tem que ser preso e responder pelos crimes que cometeu", disse.
A reportagem não obteve contato com o empresário ou com sua defesa.
Comitê
A prefeita de Ribeirão Preto (313 km de São Paulo), Dárcy Vera (PSD), disse que vai propor a criação de uma comissão com a sociedade para discutir a segurança pública no município.
A medida foi anunciada após uma nova tentativa de a prefeita buscar apoio do governo do Estado para a segurança na cidade, que tem registrado aumento na criminalidade.
Hoje, Dárcy se encontrou em São Paulo com o secretário de Estado da Segurança Pública, Fernando Grella, para discutir melhorias e reforço nas polícias Civil e Militar.
Segundo a prefeita, o encontro não gerou o resultado que esperava. "Foi minha segunda reunião em três meses. Foi uma hora e meia de conversa. Eu esperava alcançar algum objetivo, mas não deu", disse.
Dárcy reivindica ao menos quatro bases fixas da PM (Polícia Militar) espalhadas pela cidade, mil novos policiais militares e mais policiais civis e melhorias na estrutura da corporação.
"Eu confio nele [secretário de Estado da Segurança], mas gostaria de voltar para a cidade com um posicionamento para a população de Ribeirão Preto", disse a prefeita à reportagem, por telefone.
O secretário de segurança foi procurado, por meio de sua assessoria, para comentar o caso, mas não se posicionou até as 18h de hoje.
Dárcy disse que Ribeirão Preto permanece com a mesma quantidade de policiais de quando tinha 400 mil habitantes. "Hoje, Ribeirão tem quase 700 mil habitantes e sem reforço policial", disse.
Para o encontro em São Paulo, Dárcy convidou representantes de moradores de diversas regiões da cidade. Cada um deles foi incumbido de dar um depoimento sobre a situação da segurança local.
De acordo com Dárcy, Grella entendeu sua preocupação com a segurança municipal, mas afirmou que "não está fácil". Atualmente, Ribeirão tem cerca de 800 PMs, segundo a prefeita.
"Ele disse que vai fazer a revisão do plano operacional de policiamento de Ribeirão Preto, para colocar mais policiais nas áreas de maior criminalidade da cidade", disse.
Segundo a chefe do Executivo, a comissão vai acompanhar as ações do Estado no setor e cobrar medidas efetivas para aumento dos efetivos policiais na cidade.
Ainda de acordo com Dárcy, Grella afirmou que o Estado adquiriu quatro bases móveis para a PM e que uma delas será enviada para Ribeirão Preto. Não foi dado prazo para que a medida acontecesse.
A prefeita disse ainda que o concurso público organizado pelo Estado para contratação de policiais é "insignificante". "Eles pretendem contratar 7.265 policiais, o que representa 2,05% do total atual", disse.  

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